top of page

UFC 231: Duas disputas de cinturão no mesmo card

Com duas disputas de cinturão, o UFC 231 trouxe uma série de lutas empolgantes do começo ao fim. No card principal, Max Holloway venceu Brian Ortega por interrupção médica e se manteve detentor do cinturão dos penas, em uma luta predominantemente em pé, com uma trocação franca entre ambos. Antes, em outra disputa de cinturão bastante aguardada, Valentina Shevchenko venceu Joanna Jedrzejczyk e se consagrou detentora do cinturão mosca feminino, até então vago. Entre os brasileiros, Alex "Cowboy" sofreu uma derrota brutal (por finalização) para Gunnar Nelson, enquanto que "Marreta" venceu de forma contundente Jimmi Manuwa. Marreta e Holloway receberam o bônus de performance da noite. Holloway e Ortega receberam bônus de melhor luta da noite.


Max Holloway vs. Brian Ortega 

Categoria: Pena

Max Holloway vence Brian Ortega por interrupção médica no 4R e se mantém detentor do cinturão dos penas
Max Holloway vence Brian Ortega por interrupção médica no 4R e se mantém detentor do cinturão dos penas

Fazendo a luta da noite, Max Holloway (19-3-0) e Brian Ortega (14-0-0) se enfrentaram pelo cinturão dos penas em uma luta empolgante do começo ao fim.


No primeiro round, surpreendeu a estratégia de Brian Ortega de aceitar trocar (socos em pé) com Max Holloway. De fato, ele até conseguiu mostrar boa desenvoltura no inicio do round, mas logo Holloway começou a acertar golpes limpos, em cheio no rosto de Ortega. No round seguinte Ortega manteve a estratégia, levando a pior mais uma vez. No terceiro round, quando Holloway começou a dar sinais de cansaço, Ortega cresceu na luta. Acertou bons golpes (e até um bom chute baixo) no havaiano. A partir de então só restou o coração. Com ambos exaustos se iniciou uma trocação franca, com bons momentos tanto para Holloway como para Ortega. No intervalo do quarto para o quinto round, por decisão médica, Ortega teve que abandonar a luta.


Com essa luta, Holloway garante mais uma defesa bem sucedida do cinturão dos penas. De fato, parece que estamos vivendo a "era Holloway".

Valentina Shevchenko vs. Joanna Jedrzejczyk  

Categoria: Mosca-feminino

Valentina Shevchenko vence Joanna Jedrzejczyk  por decisão unânime e recebe o cinturão da divisão mosca
Valentina Shevchenko vence Joanna Jedrzejczyk por decisão unânime e recebe o cinturão da divisão mosca

Em uma luta bastante esperada, Valentina Shevchenko (15-3-0) e Joanna Jedrzejczyk (15-2-0) se enfrentaram pelo cinturão mosca feminino, até então sem um dono, desde que Nicco Montano teve seu título destituido após abandonar uma luta alegando problemas médicos decorrentes da perda de peso para sua primeira defesa do cinturão (no UFC 228).


O primeiro round foi muito bom para Shevchenko, que conseguiu ser superior na trocação e ainda conseguiu aplicar uma boa queda em Jedrzejczyk. No round seguinte a vantagem de Shevchenko ficou mais evidente. Novamente Shevchenko se mostrou superior na trocação (chegou a quase arrancar o protetor bocal de Jedrzejczyk com um chute em um momento) e conseguiu aplicar boas quedas. O mesmo se viu nos 3 rounds seguintes. Shevchenko conseguiu dominar Jedrzejczyk em todos os rounds, garantindo assim uma vitória por decisão unânime dos arbitros.

Alex “Cowboy” Oliveira vs. Gunnar Nelson 

Categoria: Meio Medio

Gunnar Nelson finalizou Alex “Cowboy” Oliveira no final do 2R
Gunnar Nelson finalizou Alex “Cowboy” Oliveira no final do 2R

Em mais uma empolgante luta, Alex “Cowboy” Oliveira (19-5-1) e Gunnar Nelson (16-3-1) se enfrentaram pelos meio medios em um embate sangrento.


Logo no inicio do primeiro round, Gunnar Nelson conseguiu derrubar Alex Cowboy e a luta permaneceu assim por todo o round. Algumas poucas vezes Cowboy conseguiu se levantar e quando o fez es teve pressionado no clinch por Nelson. No chão, Cowboy mostrou boa desenvoltura. Mesmo estando ora por baixo, ora com Nelson em suas costas, o brasileiro ainda conseguiu se manter ativo, desferindo golpes em posições incomuns.


No segundo round Nelson adotou a mesma estratégia. Derrubou Cowboy quase que imediatamente e dessa vez conseguiu uma boa posição, montado sobre o brasileiro. Pacientemente, Nelson esperou o momento certo para desferir golpes contundentes. Até que poucos minutos para o fim do round, Cowboy foi acertado com uma cotovelada brutal, deu as costas e foi finalizado. O corte foi tão profundo que o arbitro imediatamente chamou por um médico.


Hakeem Dawodu vs. Kyle Bochniak 

Categoria: Pena

Hakeem Dawodu venceu Kyle Bochniak por decisão dividida dos arbitros
Hakeem Dawodu venceu Kyle Bochniak por decisão dividida dos arbitros

Hakeem Dawodu (8-1-1) e Kyle Bochniak (8-3-0) fizeram uma luta de 3 rounds, não tão bons quanto da luta anterior de Marreta e Manuwa, mas uma luta boa no geral. Dawodu, o atleta da casa, conseguiu sair vitorioso por decisão dividida dos arbitros de mesa. Decisão controversa, dado o domínio de Dawodu durante todos os rounds. No final do terceiro round, o canadense ainda conseguiu aplicar um bom chute no corpo de Bochniak mas não teve tempo de dar sequência ao golpe. Demonstrando claramente ter sentido o golpe, Bochniak foi literalmente salvo pelo gongo, mas não decisão dos arbitros.


Jimi Manuwa vs. Thiago Santos “Marreta” 

Categoria: Meio Pesado

Thiago Santos “Marreta” venceu Jimi Manuwa por nocaute no 2R
Thiago Santos “Marreta” venceu Jimi Manuwa por nocaute no 2R

Jimi Manuwa (17-4-0) e Thiago Santos, o “Marreta” (19-6-0) iniciaram o card principal com uma luta espetacular.


Marreta iniciou o combate já com a intenção de acabar o mais cedo possível, desferindo uma série de socos contundentes, que fizeram Manuwa cambalear diversas vezes. Levemente atordoado com a sequência de golpes, Manuwa tentou travar a luta no clinch para ganhar tempo e se recuperar. E deu certo, aplicando poucos golpes no clinch, Manuwa também teve seus momentos no primeiro round.


Iniciado o segundo round, mais uma sequência de marretadas do brasileiro, dessa vez no entanto, Manuwa não aguentou e caiu no chão nocauteado, pondo fim a uma das melhores lutas desse ano.


Com essa luta, Marreta alcançou a marca de 5 lutas na organização no intervalo de 1 ano, feito alcançado também por Ross Pearson (2016), Neil Magny (2014 e 2015), Uriah Hall (2015), Daron Cruicks (2014), Donald Cerrone (2011), Roger Huerta (2007) e Chris Leben (2006).


Silvio e Flávio Doria

bottom of page